segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Garmisch-Partenkirchen / Zugspitze

 

Garmisch-Partenkirchen uma cidade altamente vocacionada para o turismo de inverno e verão. Suas trilhas e paisagens são perfeitas para quem gosta de unir o meio ambiente e o esporte.  Aproximadamente 1h30min de carro ( ou trem ) de Munique é uma otima pedida para quem está passeando pela Baviera.

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Garmisch-Partenkirchen é uma estância de desportos de inverno e foi sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 1936. O estádio Große Olympiaschanze foi o local onde se realizaram as cerimônias de abertura e encerramento, além de sediar as disputas do salto de esqui e um dos eventos do combinado nórdico. Nas proximidades da pista foram realizadas as provas do esqui cross-country.É o maior centro de esportes de inverno da Alemanha, mas atrai visitantes o ano inteiro e é lá que se realiza, no início de janeiro, a primeira competição do calendário internacional de esportes de inverno.

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Bem próximo do centro da cidade ( 10 Km ) fica o Zugspitze, que é o “ Topo da Alemanha”. A montanha mais alta da Alemanha com 2962m. O Zugspitze é também um complexo de esqui que é bem preparada para outras atividades.

No cume, há um grande complexo formado por dois restaurantes e vários pontos de observação. Em um dia com tempo favorável, dá para ter uma visão de vales alpinos coloridos, lagos, e de outras montanhas na Áustria e – com sorte – até na Itália. Há uma segunda área, um pouco abaixo (2270m), comdois restaurantes de padrão bem acima da média de restaurantes turísticos de cumes de montanha, com propostas mais contemporâneas de culinária regional revisitada e sobremesas ótimas.

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A subida até o cume já vale muito a viagem: há um bondinho (Eibsee-Seilbahn) suspenso que leva da estação base em Eibsee (a 980m) até a estação do cume (2890m) em meros 13 minutos. Como há apenas duas torres intermediárias, e a inclinação é elevada, tem-se a sensação de viajar em um quase-elevador-panorâmico.

Lá em cima funcionam dois restaurantes, lojas de souvenirs e uma ampla plataforma de observação – além de acesso para o bondinho que vem da Áustria.

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Do topo, há um segundo bondinho que leva à Zugspitzplatt, onde funcionam o restaurante estrelado e o bistrô, e de onde partem, no verão, diversas trilhas com variados graus de dificuldade e, no inverno, o acesso a vários teleféricos, gôndolas e pistas para quem está esquiando.

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Da Zugspitzplatt parte também o segundo meio de acesso à montanha: um trem de cremalheira, incluso também no passe diário. Demora bem mais, e boa parte do trajeto é por tunel, mas como tem maior capacidade, as filas, se existirem, são bem menores. Na base da montanha, a estação do trem (Zugspitzebahn) é bem próxima à estação do bondinho. No site do parque há informações detalhadas.

O campo de concentração DACHAU


Infelizmente os Campos de Concentração fazem parte da história da humanidade! Estando na Alemanha é um lugar ótimo para conhecer um pouco da história no lugar onde ela aconteceu !

Pegando o S-Banh (S2) no centro de Munique se chega em 20 minutos ao Campo de Concentração de Dachau.

Um pouco da história do local :

Poucas semanas depois de Hitler tornar-se Chanceler do Reich, em 1933, o campo de concentração de Dachau foi preparado para receber presos políticos, pessoas que não concordavam com o regime de governo do ditador. Aberto no dia 22 de março, serviu de modelo para todos os outros campos de concentração subseqüentes e também como “escola de violência” para os SS (soldados da tropa de choque do Reich) que supervisionavam os campos.

Dia da liberação do campo pelas tropas americanas

Dia da liberação do campo pelas tropas americanas

Dachau era dividido em dois setores, um usado como campo de concentração e outro um centro de treinamento para os SS e prisão. Entre setembro de 38 e fevereiro de 39, os prisioneiros foram mandados para outros campos, assim todo o espaço foi usado no treinamento dos soldados nazistas e de comandantes dos futuros campos de concentração.

Portão com a frase: O Trabalho Liberta

Portão com a frase: O Trabalho Liberta

Em 12 anos de existência, de 1933 a 1945, mais de 200 mil pessoas de 34 nacionalidades foram aprisionadas em Dachau. Destes, 43 mil foram mortos. Nos seus cinco primeiros anos, com capacidade para 6 mil pessoas, o lugar era usado apenas para o confinamento de presos políticos, prisioneiros de guerra e pessoas contrárias ao regime.

Alambrados e torre que hoje cercam o Memorial

Alambrados e torre que hoje cercam o Memorial

 

Em 1937, os próprios presos começaram a fazer a ampliação do campo que no ano seguinte passou a receber judeus. Ciganos, homossexuais e religiosos também foram perseguidos e levados para lá. Em 1944, havia mais de 30 mil pessoas presas em Dachau. Sacerdotes dos países ocupados, principalmente polacos, eram mandados, em sua maioria, para o campo de Dachau, onde ocupavam os últimos cinco barracões, do número 26 ao 30.

 




Homenagem aos mortos nos 12 anos de funcionamento de Dachau

Homenagem aos mortos nos 12 anos de funcionamento de Dachau

No portão de entrada há uma inscrição em alemão que diz “Arbeit Macht Frei” (O Trabalho Liberta). A frase com duplo sentido era usada como propaganda nazista, dando a entender que os campos de concentração eram na verdade de reeducação; por outro lado, a frase era de deboche diante das pessoas que ali ficavam confinadas – afinal, a única maneira de se sair dos campos era através da fumaça da chaminé do crematório, como alardeavam os chefes. A mesma frase foi levada por Rudolf Hess ao campo de Auschwitz, na Polônia.

O chefe do campo, Martin Weiss, sendo enforcado depois do fim da guerra

O chefe do campo, Martin Weiss, sendo enforcado depois do fim da guerra

Ao transpor aquele portão, as pessoas perdiam seu nome, direitos civis e todos os pertences. No lugar, recebiam um número, um uniforme e um triângulo colorido (cuja cor estampava o motivo da prisão). A estratégia nazista era a de que aos poucos as pessoas perdessem sua própria identidade. Uniformizados, de cabelos raspados e feições alteradas por causa do trabalho pesado e da alimentação fraca, com o passar dos dias os prisioneiros não reconheceriam mais uns aos outros.

De 1965 a 1968, o campo de Dachau foi transformado em um Memorial e o que hoje se vê é muito diferente do que foi um dia o campo de concentração. Mesmo assim, a intenção é recordar o sofrimento dos prisioneiros. Das duas fileiras de 17 barracões construídos para recolher as pessoas e usados como alojamento, existem apenas dois também reconstruídos. Neles é possível ver exemplos de alojamentos de três períodos: 1933 a 1934, 1937 a 1938 e 1944 a 1945. Exposições fotográficas e documentos da época contam a trajetória dos prisioneiros e o cotidiano do campo ao longo dos 12 anos de sua existência.

O local onde funcionava o campo de treinamento dos soldados nazistas não é aberto à visitação porque atualmente funciona o quartel de polícia móvel da Bavária.

A segurança do campo era absoluta, tornando as fugas praticamente impossíveis. Cercas eletrificadas de quatro metros de altura circundavam o local seguido ainda de um muro de concreto com sete torres de vigilância, onde ficavam soldados armados com metralhadoras. Além disso, havia ronda do lado de fora. Em 1937, 1621 soldados trabalhavam na segurança, destes 116 cuidavam apenas da prisão preventiva. O museu não mostra registro de fugas.

Os prisioneiros eram selecionados para trabalhos forçados divididos em pesado, médio ou leve. Com alimentação de baixa caloria, quem era enviado ao serviço pesado tinha uma expectativa de vida de apenas 52 dias nos campos. Todos os dias eram obrigados a fazer formaturas que levavam horas, para a contagem das pessoas, não importava o frio ou o calor. Durante essas revistas muitas pessoas que já estavam debilitadas não resistiam às horas em pé e acabavam morrendo.

Além de todo o sofrimento físico, os prisioneiros eram submetidos a pressões psicológicas. As regras e os castigos para quem não as cumprissem eram anunciados logo na entrada do campo. Em Dachau existiam sete postes com quatro ganchos cada um, onde as pessoas eram amarradas. Enquanto uns eram torturados, os outros assistiam e aguardavam a vez de serem castigados. Muitos foram os suicídios na tentativa de acabar com o próprio sofrimento.

Em Dachau foram feitas as piores experiências médicas de todos os campos. O bloco da enfermaria era o mais temido pelos prisioneiros. Principalmente no período de guerra. Os presos foram usados de cobaia em diversos experimentos como quanto tempo resistiriam a uma queda em água gelada, quais eram os efeitos da água do mar no organismo, os efeitos do vírus da malária e até injeções de ar eram aplicadas nas pessoas. Todos os sintomas e efeitos eram registrados e estas informações usadas durante os combates de guerra.

A câmara de gás e o crematório ficavam numa das extremidades do campo, afastados dos alojamentos, separados por uma ponte e um portão. Para evitar que as pessoas se recusassem a chegar até lá, os soldados diziam que eles iriam para o banho. Na primeira sala, as pessoas tiravam as roupas que eram todas desinfetadas antes da entrada do próximo grupo, na segunda, onde estavam as saídas de gás venenoso (zyclon B), foram colocados vários chuveiros falsos, tudo para enganar os prisioneiros até o último momento. Esta câmara de gás tinha capacidade para 150 pessoas, que morriam em 20 minutos de inalação do gás. A terceira sala era usada como depósito de corpos antes de serem levados para o crematório logo ao lado.

 



O campo foi libertado no dia 29 de abril de 1945 pelas tropas americanas. O horror causado pelos nazistas chegava ao fim, mas um outro tipo de problema se instalava na vida dos 60 mil sobreviventes que não tinham mais família, casa e muitas vezes um lugar para onde voltar. Como existia uma epidemia de tifo, devido à falta de higiene, e um alto grau de desnutrição, as pessoas tinham que ser tratadas ali mesmo antes de serem liberadas. Muitas pessoas foram repatriadas aos países de origem, outras sem ter para onde ir acabaram ficando no campo de concentração que a partir de 1948 virou um abrigo de refugiados e exilados.

Com o passar do tempo, o abrigo acabou se tornando uma outra prisão para aquelas pessoas que viviam dentro de um lugar cheio de terríveis lembranças e em 1965, com o total fracasso do refúgio, as pessoas foram transferidas para apartamentos em outros locais. As tropas americanas só abandonaram o campo de concentração de Dachau em 1972.

Apesar do campo ter sido modificado, vale a pena ser visitado. A todo o momento as pessoas são lembradas dos horrores nazistas na tentativa de se evitar que a história um dia se repita. O lugar é ponto de visitação de estudantes da região e é comum ver grupos acompanhados de professores que contam e mostram a história onde ela aconteceu.

Como não é objetivo do Blog não coloquei fotos que poderiam ser fortes para algumas pessoas.

Recomendo a leitura do ótimo post em

http://garotinharuiva.wordpress.com/2012/02/06/o-campo-de-concentracao-dachau/

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Machu Picchu em 16 GigaPixels

 

Imagem de 16 gigapixels permite ver detalhes de Machu Picchu

Fotógrafos levaram 1 hora e 44 minutos para registrar imagem.
Cidade histórica peruana é uma das Sete Maravilhas do Mundo.

Um projeto levou para a internet uma imagem de 16 gigapixels de Machu Picchu, no Peru. Publicada em um site (acesse aqui), a foto com resolução de 297.500 pixels de largura por 87.500 pixels de altura permite ver detalhes da cidade histórica peruana.

Site permite ver detalhes de Machu Picchu com imagem de 16 gigapixels  (Foto: Reprodução)Site permite ver detalhes de Machu Picchu com imagem de 16 gigapixels (Foto: Reprodução)

Conforme os responsáveis pelo projeto, se trata da foto de maior resolução de Machu Picchu. A imagem consiste em 1.920 fotografias tiradas com uma câmera Canon 7D com lente de 400mm. Com a ajuda de uma câmera robótica, os fotógrafos levaram 1 hora e 44 minutos para registrar as imagens. Para processá-las no computador, foi preciso mais 1 hora e meia.
Uma das Sete Maravilhas do Mundo, Machu Picchu entrou para a lista da fundação World Monuments Fund (WMF) como um local que corre risco degradação devido ao turismo, segundo Jeff Cremer, fotógrafo responsável pelo projeto. Em entrevista publicada no site, ele disse que Machu Picchu merecia uma “foto extraordinária”. “Eu acho que essa imagem pode ajudar a preservar este lugar incrível e trazer mais consciência ao local”, disse.