sábado, 17 de dezembro de 2011

Projeto Viajar 2011 (Parte Chilena)

Esse ano está muito corrido e só agora posso postar um pocuo do que foi o PV2011.
Eu e o @BMHerdy partimos para o Chile no dia 27Ago11. Como sempre confusões no aeroporto, voos atrasados, mas….. quase por um milagre conseguimos nos encontra em Santiago do Chile.
No aeroporto pegamos uma Transvip ($6500)  para o Ski Total. Lá aluga-se tudo para Ski/Snowboard, porém fomos lá para pegar a vam para Farellones. Acabou que devido a horario ( estavamos loucos para chegar logo ) pegamos uma van “oficial” de Farellones. (mesmo preço $10.000) para levar para a montanha. ( O preço de ida-volta é $10.000 também)

Exibir álbum
Em Farellones ficamos no primeiro dia no Hostel Chile Extremo ($25.000/dia) e no mesmo dia já fomos para Farellones fazer um “ esquenta ” do Snowboard.
Alugamos o equipamento na loja oficial de Farellones.  (não vale apena leia abaixo a dica)

Farellones é uma pista cheia de recursos ( tirolesas, etc ), mas como pista em si é PARA INICIANTE só vale mesmo para iniciantes ou para tirar o “ verniz ”.
Chile Extremo
Farellones 28Ago11
O Clima estava péssimo (muito frio e muito vento) + Altitude próximo dos 3000m + uma noite sem dormir = Não foi um bom dia !

Não gostamos muito do Hostal e resolvemos no final da tarde dar uma rodada em todos os hostals/hoteis do lugar e decidimos mudar no dia seguinte para o hotel Farellones ($49.000) que apesar de mais caro tinha (boas) refeições incluidas é extremamente bem localizado (da janela já dava para pular para a pista) e melhor infra-estrutura.
Hotel Farellones

Depois de bem instalados nossa rotina era: Escolher qual pista ir, pegar os Snowboards e partir para as pistas.
As pranchas alugamos em um local BEM NA FRENTE da loja Oficial de Farellones. Com um bom choro teve um desconto de 20% aproximadamente no preço final.
  El Colorado 29Ago11
Pegamos o “dia seguinte” de uma nevasca logo ……. um lindo dia de sol  com pistas vazias e pownder !! Clássico mesmo daqueles dias para dizer JÁ VALEU APENA !
La Parva 30Ago11
La Parva estava com as pistas “ice” e não é a minha preferida, mas os fora de pistas lá são alucinantes e de lá partimos para o reconhecimento de ir para o Valle Nevado e El Colorado esquiando. Uma boa aventura !
  Valle Nevado 31Ago e 01Set

Valle Nevado foi demais. Pegamos otimos foras de pistas, bowl, pistas bem sinalizadas….. foi muito, mas muito bom por isso fomos 2 vezes. Ótimo lugar !
     Tirando o primeiro dia o restante foi de lindo sol !
    Na volta fizemos um contato com um motorista de van que quase todos os dias nos levava para lá e para cá e eles no levou de El Farellones direto para o Aeroporto ( $50.000 ).
Se a viagem foi boa? Bem ano que vem tem o projeto viajar 2012 !!! Até lá !
Em breve novas atualizações!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dica compras Florida - EUA

 

Um resumo das dicas de compras em Flórida – EUA e sobre os impostos que influem nas compras no exterior.

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Clique na imagem para Ampliar

  Quanto que custa gastar no Exterior de diversos modos.

valores dolar

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Projeto Viajar 2011–Serra Gaúcha/ Chile

 

Depois que o Vulcão Puyehue adiou o Projeto Viajar 2011(post) ( agora já temos o tema para o Projeto Viajar 2012 ) eu e o @BMHerdy  resolvemos mudar o azimute mais para o Norte.

Primeiro vou para uma semana na serra gaúcha http://www.serragaucha.com/pt/ ) com a familia, depois Chile.
Como está muito em cima e o planejamento é aquele “quase” inexistente quando voltar escrevo os detalhes e dicas da viagem. O objetivo permanece agora é a “Triplice Coroa Chilena” nos  Três Vales.

No Blog tem algumas dicas de transfers, ski, etc no chile vou verificar se está tudo ok.

Em breve mando infomações e avaliações e enquanto isso estou no @mariocavalcante

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Transfer em Santiago do Chile: como sair do aeroporto

 

Por Ana Catarina Portugal
Fonte: http://blogjunto.com/turistaprofissional/

Uma preocupação bastante normal entre os turistas que chegam pela primeira vez a um destino novo é como ele vai sair do aeroporto e chegar ao seu lugar de hospedagem. Essa é uma preocupação de 99,9% dos viajantes, portanto, não pense que você é o único.

Chile e Bs As - Chile e Bs As -  (3)

Em Santiago não há muita dificuldade no quesito transporte para o centro da cidade. Aqui vão algumas opções:

- existem vans compartilhadas que te levam até o hotel. Para que está viajando sozinho e não quer gastar muito, é uma boa opção principalmente para quem viaja sozinho e não quer se preocupar em como chegar ao hotel. Você pode inclusive fazer a sua reserva pela internet antes de embarcar. O valor ronda a casa do US$11;

- existem duas empresas de  ônibus que fazem o trajeto entre o aeroporto e a cidade. O ônibus faz paradas próximo a algumas estações de metrô e a partir dali você poderá ir até o seu hotel. Na Turbus as paradas são em: Moneda Esquina San Martín, Metro Estación Universidad de Santiago, Metro Estación Las Rejas e Metro Estación Pajaritos. E na Centropuerto as paradas são em: Metro Estación Los Héroes, Estación Central, Metro Estación Universidad de Santiago, Metro Estación Las Rejas e Metro Estación Pajaritos;

- ao desembarcar, você logo encontrará vários balcões de empresas de transfer. Se estiver viajando em família ou grupo, pode ser uma boa pedida e nesse caso, seria interessante reservar antes;

- e claro, o bom e velho táxi, que não sairá por menos de uns US$25 a US$30;

Se quiser maiores informações sobre o aeroporto e seus serviços, consulte o site oficial.

Boa viagem!

sábado, 30 de julho de 2011

Dicas para uma escapada de Santiago para as pistas de esqui do Chile

 

Autora: Luisa Valle (luisa.valle@oglobo.com.br)

Esqui em El Colorado, uma das pistas que ficam próximas de Santigo/Foto: Luisa Valle

SANTIAGO, Chile - As cinzas do vulcão chileno Puyehue atrapalharam - e muito - a temporada de inverno na Argentina. Com isso, grande parte dos turistas que vinham planejando férias na famosa Bariloche, ou "brasiloche" para os mais íntimos, rumaram para o Chile em busca de neve. O resultado disso? Vai encontrar pistas cheias, onde o idioma mais ouvido sem dúvida alguma é o português.

Quem desembarca direto em Santiago para curtir os programas na cidade - dispensando hospedagem nos hotéis de resorts como Portillo e Vale Nevado - e quiser, mesmo assim, aproveitar um passeio de um dia de aventura na neve pode contratar o serviço direto da capital. Mas algumas armadilhas podem encarecer o programa.

Muitos hotéis oferecem transporte direto para as pistas - as mais procuradas são Valle Nevado, El Colorado e Farellones - e você pode alugar o equipamento lá. O problema é o valor. Esse serviço custa em média 18 mil pesos chilenos (cerca de R$ 60) por pessoa, além do aluguel do equipamento, que em média sai pelo mesmo valor. A melhor opção é seguir para as lojas especializadas, onde você aluga o equipamento e já sai numa das vans para a montanha. Com isso, o preço do transfer cai para um patamar de até 8 mil pesos chilenos (R$ 26), uma economia de R$ 34. Parece pouco, mas some esse valor pela quantidade de dias que você pretende esquiar.

Concorrência que ajuda

Resolvido esse ponto, agora é escolher onde você vai alugar o equipamento. As duas lojas mais famosas são a Skytotal e a Austral, uma ao lado da outra. Para chegar basta pegar a linha 1 do metrô e saltar na estação Escuela Militar. Lá é só seguir uns 300 metros adiante para ver as vans branquinhas paradas. A Skytotal é a mais falada entre os brasileiros. A loja é bonitinha e você pega o equipamento na hora. O problema são os preços. Tanto o transporte quanto o aluguel saem um pouco mais caros do que a concorrente. Lá o equipamento custa 18 mil pesos chilenos (R$ 60), sem contar o restante da roupa. Quem não vai com traje apropriado pode gastar até 43 mil pesos chilenos (cerca de R$ 143), incluindo o esqui.

Na Austral, menor e escondida, o equipamento sai por 17 mil pesos chilenos (R$ 57), mas você não pega na hora. No meio do caminho o motorista para e todos descem numa loja onde os esquis são entregues. No caso das roupas não é muito diferente da Skytotal. O transporte sai mais barato também. Enquanto a Skytotal cobra, por exemplo, 10 mil pesos chilenos (R$ 33) para El Colorado, a Austral pede 8 mil (R$ 26). Quem quiser pode ainda alugar o equipamento e as roupas direto na montanha. O valor em média é 18 mil pesos chilenos (apenas o esqui ou snowboard). Aí basta pagar o transporte.

Outro ponto que é preciso tomar cuidado é com as aulas de esqui. A Skytotal oferece um pacote de aulas para os iniciantes (que são necessárias principalmente para quem for se aventurar no snowboard). O serviço oferecido é uma sessão de aula por uma hora (normalmente), com direito a entrada em El Colorado por 36 mil pesos (R$ 120). Até aí parece ok, mas cuidado. Algumas empresas fazem o pacote mas "esquecem" de avisar ao cliente que a entrada inclui apenas a pista da escuela. Melhor deixar para resolver isso na montanha.

A decisão final, e a mais divertida, é escolher a pista. As mais próximas de Santiago são Valle Nevado, El Colorado e Farellones. Para quem nunca esquiou, a melhor opção é Farellones. Ela é menor, com pistas para iniciantes. Além disso, há a opção de comprar o ingresso para outras atividades, como tirolesa - que passa por cima das pistas - e trenó. A entrada também é mais barata: 11 mil pesos chilenos (cerca de R$ 36).

Já quem tem um pouco mais de experiência pode rumar para El Colorado, onde as pistas são mais avançadas e a estrutura é maior, com restaurantes melhores e até vestiário. O ingresso fica em torno de 33 mil pesos chilenos (cerca de R$ 110) na alta temporada, mas dá direito ao acesso às pista de Farellones. Já Valle Nevado é uma das estações mais famosas do Chile, e também não fica muito distante de Santiago. Com mais de 20 pistas, sua infraestrutura é enorme. A estação é voltada para os turistas (bem mais que as outras duas), e vale a visita. A entrada custa 35 mil pesos chilenos (R$ 117) para adultos.

Depois de tudo resolvido, agora é relaxar e se divertir. Só não esqueça de três regras básicas: acorde cedo, pois as vans saem das lojas até as 8h30m; faça um seguro de saúde com cobertura para a prática de esportes radicais, e não se esqueça do filtro solar.

Serviço:

El Colorado/Farellones: As pistas ficam a cerca de 40 quilômetros de distância de Santiago. Tel. (56 2) 355 7722. www.elcolorado.cl

Valle Nevado: A 56 km de distância do Aeroporto de Santiago, é uma das estações mais famosas do Chile, e também uma das mais procuradas. A maior parte das pistas, no entanto, é voltada para pessoas que já sabem esquiar. Tel. 0800-8921047. www.vallenevado.com

Skytotal: A loja de aluguel é a mais procurada pelos brasileiros. Apoquindo 4.900, números 40 até 46, Las Condes. Tel. (56-2) 246 0156. www.skitotal.cl

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/viagem/mat/2011/07/26/dicas-para-uma-escapada-de-santiago-para-as-pistas-de-esqui-do-chile-924984622.asp#ixzz1Tbypo5rB

Driblando o vulcão, estações de inverno do Chile oferecem pistas perfeitas e banhos termais

 

Autores: Ana Lucia Azevedo (ala@oglobo.com.br), Alexandre Cassiano (alexandre.cassiano@oglobo.com.br) e Fernanda Dutra (fernanda.dutra@oglobo.com.br)

Teleférico leva para o alto da estação de esqui na base do vulcão de Villarica, em Pucón, no Chile/ Foto de Alexandre Cassiano

PORTILLO - Cercado por alguns dos gigantes mais imponentes das Américas e encravado na face sul dos Andes, que recebe de frente o vento gélido da Antártica, Portillo não tem TV por um abençoado capricho de seu proprietário e se rendeu a contragosto ao wi-fi. É um lugar para esquiar, respirar a cultura da neve e compartilhar pistas - e desafiadoras encostas não demarcadas - com alguns dos maiores nomes do esqui mundial. Se, na realidade, você não gosta de esqui e de snowboard, melhor procurar outras paragens. Mas se a neve é a sua praia, este é o lugar. Dias de sol e neve pó (seca e perfeita) garantem boas descidas. Já outras estações chilenas investem na diversidade. Chillán tem terapias com lama vulcânica em seu spa e passeios de snowmobile em pistas junto a florestas. Pucón é famosa por formações que fazem snowboarders delirar e oferece banhos termais em águas aquecidas pelo vulcão Villarrica. E Valle Nevado - que nesta temporada abriu mais tarde porque a neve chegou com atraso - é sempre uma opção próxima a Santiago.

A Laguna do Inca, com os Tres Hermanos ao fundo: vista do quarto de Portillo, no Chile/ Foto de Ana Lucia Azevedo

Reza a lenda que a Laguna do Inca, o lago glacial no centro do vale de Portillo, em frente ao hotel que sedia a estação homônima, é encantada. Guarda a magia da princesa inca Kora-Lle. Ela morreu de amor e seu espírito vive no lago. Mas, se espíritos existissem, imagino que habitariam as montanhas. A princesa flanaria pelas encostas nevadas, desceria o platô de Portillo animada. Não fica bem para uma princesa ser um fantasma atormentado de fundo de lago. Melhor ser o vento que traz o frio e a neve e, consequente, a vida para a estação.

Portillo é muito mais jovem do que os incas, mas orgulha-se de ser a mais antiga e tradicional estação de esqui da América do Sul, data do fim dos anos 40. Foi a família do atual proprietário, o americano Henry Purcell, que viu no vale mergulhado nas sombras dos Andes o local perfeito para um empreendimento do gênero. Apostou alto e ganhou. Seu hotel amarelo domina o vale, a 2.880 metros de altitude, a apenas seis quilômetros da fronteira com a Argentina.

Hoje Purcell recebe em sua estação estrelas do esqui, como a americana Lindsey Vonn, um dos maiores nomes do esporte no mundo. Lindsey, como tantos outros, vai aos Andes atraída pela boa neve e encostas desafiadoras, embora Portillo também tenha pistas para iniciantes e intermediários. A estação se dá ao luxo de manter um magic carpet, trivial nos Estados Unidos mas raridade nos Andes. Trata-se de uma esteira que leva esquiadores a pistas fáceis - uma bênção para quem se inicia no esqui e no snowboard. Isso associado a uma estrutura voltada diretamente para o esporte e a troca de experiências - Purcell continua firme na recusa em permitir TV por lá, pois atrapalha o convívio - dá a Portillo uma atmosfera diferente das demais estações.

- Investimos em tecnologia, mas não abrimos mão da tradição. Não é um lugar para multidões, mas para quem ama a cultura da neve, do esqui - diz ele.

Portillo fica no fundo do vale, a 2.880 metros e sua pista mais alta sobe a 3.310 metros. É cercado por gigantes da Cordilheira Central dos Andes. São montanhas como Ojos de Água, de 4.222 metros, onde fica a mítica pista Roca Jack. Ao longe se vê La Parva (4.831 metros) e os Tres Hermanos (4.751, 4.595 e 4.274 metros). Eles formam paredes de gelo, neve e rocha cuja imensidão se rende sob a majestade do Aconcágua, ponto culminante das três Américas, com 6.962 metros, bem perto dali, na vizinha Argentina. No inverno até mesmo o Sol parece se intimidar nessa terra de gigantes. O resultado é um paraíso para o esqui, com neve seca nas encostas, e dias de bom tempo. O alvorecer e o crepúsculo são luzes indiretas, o Sol nasce e se põe atrás das montanhas, dando-lhes uma moldura dourada.

Os dias são ensolarados - a secura do centro dos Andes garante a Portillo bom tempo em 80% do ano - mas o sol só incide diretamente sobre as encostas por pouquíssimo tempo no inverno. Com isso, a neve não derrete. Ou seja, há boas condições climáticas e considerável quantidade de neve. Prova disso é que Portillo foi a única estação chilena com neve suficiente para abrir no fim de junho, quando todas as demais estavam fechadas.

Para esquiadores experientes, como a suíça Heidi Knaus, as montanhas ali têm magia.

- O espírito dessas montanhas está em toda parte - diz Heidi, figura lendária do esqui.

Quando tinha 5 anos, ela ia para a escola esquiando. Morava no vilarejo de Unterwasser, nos Alpes suíços. E esquiava para fazer praticamente tudo. Hoje, 54 anos depois, Heidi continua a esquiar por ofício e diversão. No inverno do Hemisfério Norte permanece nos Alpes natais, mas mudou-se para a badalada St. Moritz. No nosso inverno troca os Alpes pelos ainda mais grandiosos Andes. Dá aulas com empolgação e confiança de níveis estratosféricos e confidencia sua paixão por esquiar em noites de Lua cheia.

Pinguins em ação: à noite, no meio das pistas, a equipe nivela o piso e faz neve, quando necessário em Portillo, no Chile/ Foto de Ana Lucia Azevedo

Magia ou não, as pistas não amanhecem impecáveis por obra de princesas incas ou espíritos similares. É trabalho de gente de carne e osso, a equipe comandada pelo americano Michael Rogan. Desde 1989 em Portillo, Rogan sabe tudo de neve. Ele até faz neve. Já foi instrutor de esqui, diretor da escola da estação e hoje é vice-diretor geral. Comanda os "pinguins" que entram em ação quando as pistas fecham e a noite chega. Pinguim é o apelido carinhoso com que Rogan chama os operadores de trator de neve e outros homens que suportam temperaturas negativas madrugada adentro para preparar as pistas. Eles abrem vias em encostas íngremes, tiram blocos de pedra e gelo do caminho. E ainda operam os canhões de neve que entram em ação quando a natureza tira folga.

É um trabalho duro e gelado. Os homens se revezam em turnos de duas horas, limite para trabalhar em segurança em condições hostis, no escuro das noites geladas dos Andes. A única luz depois que o Sol se vai é a dos faróis dos tratores e das lanternas. Muitas vezes, o trabalho só acaba com a volta do Sol, já dia claro, antes de as pistas abrirem.

- Só mesmo tendo disposição de pinguim. É muito frio - diz Michael Rogan.

Um desses homens é Angel Custodio Caiceo, operador de trator de neve há 19 anos e motorista profissional há 38. Como seus companheiros, ele também é um esquiador experiente, que conhece bem as montanhas onde trabalha. E. melhor ainda, o trator cheio de controles sofisticados. Mas fazer neve é um trabalho que mistura técnica e intuição. Ela é produzida quando jatos d'água bombeada do lago são aspergidos no ar gelado, formando uma neblina que se torna neve ao cair.

- A receita de neve inclui temperatura, vento, umidade do ar e gente certa na hora certa - diz Rogan - É frio, mas maravilhoso também.

Cinza para exportação

Este não foi o primeiro ano em que vulcões chilenos cobriram de cinzas as estações da Argentina. Em junho, por obra do vento, as cinzas dos vulcões do complexo de Puyehue-Cordón Caulle foram levadas para o outro lado dos Andes e afetaram Bariloche, Chapelco e até mesmo a distante Ushuaia, no extremo Sul do continente. Enquanto isso, Portillo continuou branca e acessível. E as estações do Sul chileno como Chillán e Pucón nem de longe tiveram os problemas argentinos.

Em 2010 o Chaitén, no Sul chileno, entrou em erupção após dois mil anos de sono. Ele causou problemas na cidade homônima. Mas as estações chilenas escaparam enquanto Bariloche amargou prejuízos, coberta de cinzas.

Quente e frio: em Chillán, águas termais e passeios de moto

Spa com tratamentos em águas termais é um dos maiores atrativos da estação de Chillán, no Chile/ Foto de Fernanda Dutra

Nos fins de tarde no Gran Hotel do resort de esqui Termas de Chillán, a 450 quilômetros ao sul de Santiago, as pesadas roupas térmicas dão lugar a trajes de banho. Depois de curtir o dia nas pistas, nada melhor do que assistir ao pôr do sol entre os picos nevados da Cordilheira dos Andes na piscina de águas termais, com uma temperatura média de 37ºC.

A viagem é longa: de Santiago, ou se pega um trem em uma rota que leva cerca de cinco horas; ou um avião até Concepción (50 minutos de voo) e então um transfer para mais 2h30m na estrada. Mas vale a pena: só nos últimos quilômetros até o Gran Hotel se vê a neve. Ao redor, a floresta é frondosa, com árvores frutíferas que colorem a paisagem, como que enganando os olhos para a imensidão branca logo à frente. Cachoeiras e rios chamam a atenção em meio à montanha. Na chegada, o pisco sauer (a caipirinha chilena, com aguardente de uva, clara de ovo, açúcar e gelo) recebe os hóspedes - cortesia comum na região.

Indicado para o World Travel Awards de 2011 como o melhor resort de esqui da América do Sul, o Termas de Chillán se diferencia por apostar tanto nas atividades outdoor como nas indoor. Quem esquia tem mais de dez mil hectares para explorar na região - com pistas em quatro níveis de dificuldade (para iniciantes, fácil, intermediário e difícil). Quem não esquia pode passar o dia na piscina ou no spa, cujo carro-chefe são as terapias com lama vulcânica. Mas um dia perfeito em Chillán alia os dois tipos de atividade. Nada como voltar da montanhas direto para as águas aquecidas. Ou fazer uma massagem relaxante depois de esquiar.

Dentro do resort, há duas pistas para iniciantes - uma onde os pequenos a partir de 4 anos descem sem embaraços; outra mais íngreme e desafiadora. Em comparação a outras cidades chilenas famosas por suas pistas, Chillán está mais abaixo, a 1.525 metros do nível do mar - o que, segundo os instrutores, torna o clima mais ameno e mais fácil de encarar sobre o esqui. Nos pacotes, normalmente estão inclusas aulas a quem não sabe esquiar. Antes de se aventurar, aproveite algumas dicas.

Para os mais experientes, há uma estrutura com 32 pistas, incluindo a mais longa da América do Sul, a Três Marias - com 13 quilômetros de extensão (que é considerada fácil), e nove teleféricos. Essa área é pública, e administrada pelo resort Nevados de Chillán. O passe diário custa 30 mil pesos, o equivalente a R$ 100. Os meios de hospedagem da região oferecem transporte regular para as pistas durante o dia.

Passeios de snowmobile em Chillán, estação no Chile, duram cerca de 15 minutos/ Foto de Fernanda Dutra

Unanimidade entre experientes e iniciantes é o passeio sobre as snowmobiles (R$ 16), as motos de neve. O roteiro dura pouco mais de 15 minutos e dá para dirigir ou subir na garupa, com veículos para os adultos e especiais para os pequenos. A velocidade não passa muito dos 40 quilômetros por hora. E é uma boa forma de conhecer a região, curtindo a paisagem sem a exigência dos esquis de se manter sempre alerta; além da delícia de sentir o vento frio no rosto.

Até 2007, a concessão para explorar as montanhas e os vulcões da região - o Viejo e o Nuevo, que ficam a sete quilômetros da estação de esqui - estava a cargo de Termas de Chillán e as piscinas coberta e descoberta do Gran Hotel eram abastecidas com a água sulfurosa encanada a partir dos vulcões. Desde então, as águas passaram a vir de fontes termais mineralizadas, ricas em cálcio.

Mas, se as propriedades medicinais do enxofre não estão mais nas águas, nas terapias com lama vulcânica é possível aproveitá-las ao máximo. Há tratamentos de fangoterapia só para as mãos (indicada para quem tem artrite), para o rosto (a única em que a lama é resfriada) e para o corpo inteiro. A diretora do spa, Ines Trancoso, ressalta os benefícios estéticos e medicinais:

- Antigamente, as pessoas iam diretamente às fumarolas, fendas próximas aos vulcões de onde saem vapor e lama. Além do enxofre, há magnésio, ferro, zinco, fósforo e silício com propriedades anti-inflamatórias, calmantes e estimulantes. Esteticamente, a lama trata celulite e envelhecimento da pele.

O tratamento mais tradicional, para o corpo inteiro (R$ 92), dura cerca de 40 minutos e não é muito confortável já que, além da lama, você está envolto em plástico e papel por uns 20 minutos. Mas é surpreendente como a pele fica lisinha depois - o tipo de terapia que, regularmente, faria um bocado de gente hesitar diante do botox.

O relaxante encontro das águas de Pucón

A chegada a Pucón, após quase dez horas de viagem de ônibus, é recompensada pela bela paisagem. Do terminal rodoviário já é possível avistar o vulcão Villarrica completamente coberto de neve e um sinal de boas-vindas: uma bandeira do Brasil pendurada na janela de um dos hotéis que ficam no Centro. A cidade com construções baixas e feitas de madeira conta com uma estrutura muito boa de lojas de roupas e equipamentos para neve.

Caminhando por alguns minutos logo se percebe, através dos anúncios nas portas das várias agências, o que a região pode oferecer. São muitas as ofertas de passeios guiados, que vão desde banhos em águas quentes das várias termas dentro do parque até uma subida à boca da cratera do Villarrica, passando, claro, pela estação de esqui.

Nas Termas Geométricas, piscinas com temperaturas de 40°C: água vulcânica misturada à de degelo em Pucón, no Chile/Foto de Alexandre Cassiano

Para quem quiser experimentar um banho nas águas aquecidas pelo vulcão, vale muito a visita às termas que ficam mais ou menos a uma hora e meia de carro, boa parte nas margens do Lago Villarrica, passando pelos hotéis e mansões ocupadas pelos chilenos no verão. Entre elas, as consideradas mais bonitas são as Termas Geométricas, com toda justiça. Um conjunto de passarelas vermelhas leva a uma cachoeira e várias piscinas pelo caminho que recebem as águas saídas da terra com 90ºC, aquecidas pelo vulcão. Graças à mistura com a água do rio, formado pelo degelo, a temperatura das piscinas fica em torno dos 40ºC.

O visitante pode escolher qualquer uma das piscinas. Ao lado de cada uma delas, pequenos vestiários com armários para as roupas e banheiros dão mais comodidade. Na entrada principal os turistas recebem toalhas que são deixadas no mesmo lugar na saída. Ainda contam com uma área abrigada do frio e aquecida por uma lareira que fica no centro de um salão cercado de vidro e com um balcão com opções de pequenas refeições, bebidas e chá. Todo o programa faz perceber que mergulhar em águas bem quentes cercado pelo frio intenso e neve em alguns pontos é mesmo uma experiência para se guardar para sempre.

Para quem gosta de jogar, a opção da cidade é o cassino Enjoy Pucón, cujo restaurante, o internacional Amura Trattoria, só funciona à noite. O complexo, que ainda tem uma agenda frequente de shows, fica às margens do Lago Pucón.

De volta à cidade, a maioria dos restaurantes fica na Rua Fresia, o que facilita na hora de escolher entre uma parrillada ou uma pizza. O povo é amistoso. Os moradores adoram conversar para tentar aprender algumas palavras em português, já que a cada o inverno o número de turistas brasileiros cresce na cidade e saber o idioma dos clientes é fundamental para quem vive do turismo local.

Crianças se divertem nas pistas de Pucón, no Chile/ Foto de Alexandre Cassiano

Quem se prepara para enfrentar as pistas consegue com facilidade alugar roupas ou qualquer equipamento para esqui ou snowboard tanto na cidade quanto na própria estação de esqui. Já devidamente equipado, você inicia as aulas com um dos vários instrutores logo depois de subir no teleférico e chegar ao Café. A construção fica no meio das várias pistas de diferentes níveis de dificuldade que existem na estação e onde se pode sentar ao ar livre, em um deque enorme, ou abrigado do frio, e comer sanduíches, que vêm acompanhados de batata frita e refrigerante vendidos na lanchonete que divide o espaço com um bar e várias mesas, com uma linda vista para o Lago Villarrica. Toda área é monitorada por uma equipe de resgate que fica espalhada pela montanha e está sempre atenta a todos os visitantes.

SERVIÇO

COMO CHEGAR

Portillo:Fica a 163 km de Santiago. O transfer do aeroporto de Santiago ao resort (ida e volta) custa R$ 185 por pessoa ou R$ 605 (1 a 4 passageiros). Reserva: traslados@skiportillo.com

Chillán: De Santiago a Chillán, pelo trem TerraSur, por volta de R$ 50. De avião, pega-se um voo de Santiago a Concepción e um transfer de lá à Chillán, por R$ 120.

Pucón: Há voos de Santiago a Temuco, de onde se faz o percurso de 100 km de ônibus até Pucón por empresas como a Buses Jac ( jac.cl ), com passagens por R$ 15 (ida e volta). Da capital até lá são 780 km e a passagem custa R$ 65 (ida e volta).

ONDE FICAR

Portillo

Hotel Portillo: Sete noites, passes de esqui, refeições por R$ 3.850 por pessoa (a partir de 30 de julho e mês de agosto). skiportillo.com

Chillán

Gran Hotel: Sete noites por R$ 2.120 por pessoa (meia-pensão). Camino a Termas de Chillán, km 78. Pinto. Tel. 56 (42) 434-200. termaschillan.cl

Nevados de Chillán: Diária a R$ 270 por pessoa (meia-pensão). Camino Termas de Chillán, km 80, Pinto. Tel. 56 (42) 206-100. nevadosdechillan.com

Pirimahuida: Em Las Trancas, a meia hora das pistas. Sete noites por R$ 1.220 por pessoa (meia-pensão). Camino a Termas de Chillán, km 18. Tel. 56 (42) 434-200. termaschillan.cl

Pucón

Hotel Antumalal: Diárias a R$ 368 (casal com café da manhã). Km 2. Camino Pucón-Villarica. Tel. (56) 45-44-1011. antumalal.com

Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/viagem/mat/2011/07/27/driblando-vulcao-estacoes-de-inverno-do-chile-oferecem-pistas-perfeitas-banhos-termais-924990991.asp#ixzz1TbxC98eb

domingo, 26 de junho de 2011

Uso de Milhas e Preço das Tarifas

 

Matérias sobre a dificuldade do uso de MIlhas para conseguir voos e os preços das tarifas dos aeroportos brasileiros do Jornal O Globo 26 Jun 11.

Clique na imagem para baixar o artigo.

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sábado, 18 de junho de 2011

Projeto Viajar 2011

 

Projeto confirmado !! Portas em Automático !!!

Eu e o @BMHerdy (até agora) estamos confirmados ! Se o Vulcão Puyehue  deixar estamos indo para a “tríplice coroa” esse ano.

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Como sempre  vou deixar as dicas do nosso planejamento e a na  volta passo resumo do que aconteceu. ( Veja o que aconteceu no Projeto 2008 e Projeto 2010 )

Nossa previsão:

Passagem: A compra da passagem valeu mais uma vez a compra pela Aerolineas DIRETO no escritório (pode ser feita pela internet ) como detalhei em 2008 no projeto. Sempre é possível um desconto e bom parcelamento no pagamento.
Dessa vez a saída
será do Rio/Poa dia 13ago11 em direção a Bariloche (Arg ) com uma pequena escala em Buenos Aires e retorno dia 23ago11.

Via Aerolineas Argentinas:
Rio – Brc – Rio   –> Aprox R$ 1100,00 ( Jun11 )
Poa – Brc – Poa –> Aprox R$ 730,00 ( Jun11 )

De Bariloche o deslocamento será feito de onibus para Villa la Angostura e depois para San Martin de los andes.

Hospedagem: Dessa vez ficaremos no Hotel Antardida ( Bariloche ) na Hostería Verena’s Haus  ( Villa la Angostura )  e na Hosteria Las Lucarnas ( San Martin de los Andes )
Nossa politica foi baseada no “low cost” e na proximidade com o centro da cidade.

As atividades: Atividades na patagônia argentina é o que não falta ! Nosso objetivo é 100% Snowboard logo iremos passar a maior parte do dia nos Cerros Catedral, Bayo e Chapelco.
Mas para conhecer um pouco mais das cidades ter referencial de hotéis, alugueis de carros, o que fazer é só clicar nos links: Bariloche, Villa La Angostura e San Martn de Los Andes.

As famosas dicas, sugestões e fotos irão vão vir no final da viagem.

enquanto isso algumas fotos de 2008:

Bariloche 2008

DIVERSOS :

Cambio: Sem duvida o melhor lugar é fazer no banco La Nacion ( cotação ) que fica no EZEIZA. Depois de pegar a sua bagagem é só sair do local que logo do lado direito tem um banco do La Nacion 24/7 sem duvida a melhor opção.

Cartão de crédito é aceito em praticamente todos os lugares sem nenhum problema ! O nosso Real também é muito bem aceito.

Ezeiza – Aeroparque: Para ir de um para o outro mais barato em micro ônibus sem duvida a melhor pedida é http://www.tiendaleon.com.ar . $50 e 40 Minutos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Atrações Grátis em Buenos Aires

 

Existem vários locais onde pode apeciar e  saber mais sobre a história da cidade de Buenos Aires, sem que para isso tenha de mexer na sua carteira.

Para começar, nada melhor do que começar com uma tour guiada grátis com aproximadamente duas horas e meia de duração. Duas vezes por dia (11h e 17h), de Segunda a Sábado a BA Free Tour mostra-lhe alguns pontos de maior interesse da cidade e fala-lhe sobre curiosidades e segredos únicos de Buenos Aires.

Dê um passeio nocturno pela Avenida Corrientes, uma rua movimentada e emblemática de BA. É cheia de cafés, cinemas, pizzarias e livrarias.

Vá até Calle Lanín (Rua Lanin) e veja as casas pintadas artisticamente com vários tons. Na década de 90, o pintor Marino Santa Maria pintou o exterior da sua casa, o que inspirou outros a fazerem o mesmo e o resultado final foi de 35 casas brilhantemente coloridas ao longo de três quarteirões.

O Barrio Chino (Bairro Chinês) também merece a sua visita, mais não seja, para ver um dos poucos templos budistas da cidade, o “Templo Chong Kuan”.

Inaugurado em 1936, o El Obelisco (Obelisco) é um dos principais símbolos arquitectónicos de Buenos Aires e um ponto de encontro para celebrações de conquistas desportivas e eventos culturais.

Se gosta de admirar o exterior de edifícios, não pode deixar de passar pelo Edificio Kavanagh com 120 metros de altura. Quando foi inaugurado (1936) era o edifício mais alto da América Latina e a maior estrutura do mundo em cimento armado.

Para ver a igreja mais velha (Iglesia de San Ignacio) e algumas das construções mais antigas de BA, pare em Manzana de las Luces. Às Segundas pelas 13h existem tours grátis aos túneis do século 18.

Aos Domingos vá ao bairro de San Telmo e visite a Feria de Plaza Dorrego, uma feira de antiguidades e artesanato com 270 postos de venda, que reúne mais de 10.000 visitantes. Nesta feira pode encontrar desde livros a apetrechos de Tango, por exemplo.

O bairro do Caminito, é oficialmente um museu a céu aberto, que apresenta obras de Juan Leone, Roberto Capurro, Júlio Vergottini, Luís Perlotti e Ricardo Sánchez. Aos Sábados e Domingos pode existe uma feira de artesanato e artistas de rua.

Se gosta de artesanato tradicional, festivais artísticos e destrezas gauchescas, visite a Feria de Mataderos.

Rodeada por edifícios históricos e governamentais, a Plaza de Mayo é um óptimo lugar para descansar e comer alguma coisa.

Uma boa opção para conhecer as áreas turísticas de Buenos Aires é fazer o passeio a pé e por conta própria. O site oficial de turismo de Buenos Aires 18 trajectos diferentes. Apenas tem de escolher um circuito e imprimi-lo.

Como em qualquer artigo publicado no VMB, as suas dicas são uma mais valia para todos os leitores. Por isso, se souber de mais atracções grátis e interessantes em BA, deixe o seu comentário.

Fonte: http://viajarmaisbarato.com/atraccoes-gratis-em-buenos-aires/

domingo, 13 de março de 2011

Fotos Panorâmicas

Restaurante Val de Buia – Silveira Martins – RSPanorama 1Site: http://www.valdebuia.com.br/

Serra – Silveira Martins – RS
Panorama 2

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Hotéis, passeios e lojas em Buenos Aires

Hospedagens boas e baratas, passeios imperdíveis e as melhores lojas para você curtir Buenos Aires

10 atrações para respirar ares europeus

Teatro Colón
Em maio de 1908, abriu as cortinas para a primeira ópera, Aída, de Verdi. Enrico Caruso, Maria Callas e Montserrat se apresentaram ali. E também os incríveis Toscanini, Stravinsky e Richard Strauss. E Nijinski. Construído em um terreno de 8 202 m2, combina desenhos do Renascimento italiano, ático-grego, alemão e francês. Com capacidade para 3,5 mil pessoas, abriga produções de ópera, concertos e apresentações de balé. Tem uma orquestra estável, uma filarmônica, um coro de 100 vozes e um corpo de bailarinos. O Colón em si vale uma visita. A sala principal, em forma de ferradura, tem 33 m de diâmetro, 22 filas de plateia, sete andares de camarotes, balcões e galerias. Detalhes como a cúpula pintada da sala principal, o candelabro central de 7 m de largura e a escadaria de mármore impressionam. Restaurado para as comemorações do bicentenário da independência do país, deve retomar as visitas guiadas entre o final de 2010 e o começo de 2011 (informe-se antes). Para assistir a um espetáculo, acesse a programação em teatrocolon.org.ar. Calle Cerrito, 618 (Centro). 54-11/4378-7100.

Monumento de los Españoles
Difícil não tirar uma foto deste marco, localizado num dos cruzamentos mais movimentados de Palermo. A 25 m de altura, a escultura de mármore branco que simboliza a República foi um presente da colônia espanhola ao povo argentino, em homenagem ao primeiro centenário da independência, em 1910 - o projeto, no entanto, só foi finalizado em 1927. Na base da imagem, há quatro figuras de bronze alusivas às regiões do Chaco, Pampa, Andes e Rio da Prata. Av. del Libertador, esq. com Av. Sarmiento (Palermo).

Museo Nacional de Arte Decorativo
Construído no início do século 20, o palacete de arquitetura eclética francesa pertencia aos Errázuriz-Alvear, casta nobre da aristocracia de Buenos Aires. Ali estão expostas mais de 4 mil peças do acervo da família, como móveis, tapetes, pratarias e quadros. No vestíbulo em estilo Luis XVI, os vasos chineses da dinastia Kang-Hi (1662-1722) são só um século mais antigos que os óleos do escritório, entre eles um Manet. A seguir, escancara-se um salão com pé-direito de castelo, adornado com vitrais, parquet original, tapeçarias flamencas e telas como Jesus com a Cruz nas Costas, de El Greco. Na sala de jantar, o revestimento de mármore copia o Salon d’Hercule, do Palácio de Versailles. Porcelanas de Limoges, Sèvres e Meissen enfeitam o salão de baile, em estilo regência. No salão da senhora Errázuriz, a linda escultura A Eterna Primavera, de mármore, leva a assinatura de Rodin. No andar de cima, o exagero ganha um toque de exclusividade: a sala de estar privada exibe a maior coleção de pinturas em miniatura da América Latina. Av. del Libertador, 1902 (Recoleta). 54-11/4801-8248. jan/fev: 3ª/sáb 14h/19h; mar/dez: 3ª/dom 14h/19h. Visitas guiadas: consulte em mnad.org. AR$ 5 (3ª grátis).

Museo de Arte Español Enrique Larreta
A mansão de 1880, onde morou o escritor Enrique Larreta do início do século 20 até 1961, é toda decorada como um palácio renascentista espanhol. Tapeçaria de Flandres do século 17, móveis dos séculos 15 a 18, esculturas de madeira talhada e pinturas das escolas basca, flamenca e catalã compõem a valiosa coleção de arte - os três quadros do conjunto Cenas da Paixão, de 1550, com riqueza de detalhes, cores e personagens, já valeriam a “viagem” até Belgrano. Mas há mais. Numa suntuosa sala lateral, o piso de mármore quadriculado e o papel de parede vermelho servem de cenário para óleos espanhóis dos séculos 15 a 19. No escritório de Larreta, repare no poderoso retábulo barroco. O jardim andaluz, com arbustos de podas geométricas e agradáveis passarelas, arremata o passeio. Visitas guiadas ao jardim no primeiro sábado de cada mês, às 15h e às 17h. Av. Juramento, 2291 (Belgrano). 54-11/4783-2640. 2ª/6ª 14h/20h, sáb/dom 10h/20h. AR$ 1.

Tres de Febrero
O presidente Sarmiento foi um dos idealizadores do pulmão verde da cidade, inspirado no Bois de Boulogne, de Paris, e inaugurado em 1875. Nos fins de semana, seus 80 hectares são tomados por casais, famílias e atletas de ocasião, que criam um cenário humano semelhante ao do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Ao som de apresentações de tango intercaladas pelo canto dos pássaros, portenhos namoram e apreciam um mate. Sobre um dos dois lagos artificiais, uma linda ponte-pérgola conduz ao Rosedal (3ª/dom 8h/20h), onde as rosas brotam em grande variedade de cores e tamanhos. Também chamado de Bosques de Palermo, o complexo reúne outros endereços importantes da capital: o Zoo, o Planetario, o Museo Eduardo Sívori, o Jardín Japonés, o Hipódromo, o Campo Argentino de Polo e o La Rural, espaço de feiras de Buenos Aires. Av. Adolfo Berro.

Plaza Mitre

Quase em frente ao Museo de Bellas Artes, esse agradável gramado em aclive fica salpicado de portenhos aos domingos. Ali, eles se esticam para tomar sol, soborear um mate e fazer piquenique. O morro é encimado por um pomposo monumento ao ex-presidente Bartolomé Mitre, num dos largos mais charmosos da Recoleta. Av. Gen. Gelly y Obes (Recoleta).

El Ateneo Grand Splendid

Era uma vez um teatro que virou cinema, um cinema que virou livraria e uma livraria que virou atração turística. A história da El Ateneo encontra o belíssimo Teatro Grand Splendid no ano 2000, mas muito glamour passou por aqui antes disso. O teatro foi construído em 1919 pelo austríaco Max Glücksmann. Depois de receber espetáculos de tango, o lugar passou a funcionar como cinema em 1926, e assim se manteve por 70 anos. Em 2000, o Grand Splendid foi comprado pela rede de livrarias Yenni, que trocou as poltronas por milhares de livros, CDs e DVDs. E o palco - onde até Carlos Gardel se apresentou - virou um café, com piano ao vivo. São cinco andares: o térreo, três galerias e um subsolo, onde fica a seção infantil. Mesmo quem não deseja comprar nada deve conhecer o lugar - nem que seja para contar aos amigos que esteve na maior e mais linda livraria da Argentina. A matriz, fundada em 1912, fica no Centro (Calle Florida, 340). Av. Santa Fe, 1860 (Recoleta), 54-11/4813-6052 (tematika.com.ar). Cc: A, D, M, V. 2ª/5ª 10h/22h, 6ª/sáb 10h/23h. dom 14h/22h.

Café Tortoni

Inaugurado em 1858, o bar mais antigo da cidade é o arquétipo do café portenho. Seu primeiro dono foi um imigrante francês, que importou o nome Tortoni de um endereço da moda no Boulevard des Italiens, em Paris. A partir do começo do século 20, tornou-se ponto de encontro de políticos e artistas, como Jorge Luis Borges, García Lorca, Cortázar e Gardel. Seu estilo arquitetônico e decorativo, com vitrais no teto, volutas neoclássicas, espelhos bisotados e lustres de época, influenciou as feições de bares e cafés de toda Buenos Aires. Hoje, é um dos pontos turísticos mais visitados da capital. Av. de Mayo, 825 (Centro). 54-11/4342-4328. Cc: A, M, V. 8h30/2h.

Palacetes da Avenida Alvear

A avenida mais elegante da Recoleta enfileira imponentes construções neoclássicas, que conferem glamour a um passeio a pé e rendem boas fotos. Entre as joias arquitetônicas estão o edifício belle époque da Embaixada da França (Calle Cerrito, 1399, na extensão da Alvear); o Palácio Pereda (Calle Arroyo, 1130), que serve de residência ao embaixador brasileiro e foi inspirado no castelo de Fontainebleau; o Palácio Casares (nº 1345), sede do Jockey Club; a Mansión Azaga Unzué (Calle Cerrito, 1455), anexa ao hotel Four Seasons; a Embaixada do Vaticano (nº 1637); o Palacio Duhau (nº 1661), do hotel Hyatt; a Casa Nacional de La Cultura (nº 1690); a Casa de las Academias Nacionales (nº 1711); e o hotel Alvear Palace (nº 1897). Cercada de pomposas residências, a Plaza Carlos Pellegrini homenageia o ex-presidente argentino com um monumento de mármore de Carrara e bronze. Fica em frente ao Palacio Pereda.

Plaza San Martín

É considerada por muitos portenhos a mais bela da cidade. Seus jacarandás centenários com copas gigantes são mesmo um deleite. Há dois monumentos imponentes: um ao general San Martín, que ali der rotou os ingleses, em 1807; e outro aos mortos na Guerra das Malvinas. Ao seu redor, podem ser vistos prédios marcantes, como o art déco Kanavagh, inaugurado em 1935 e, durante anos, o maior arranha-céu da América do Sul; o Plaza (Marriott), um dos hotéis mais tradicionais da Argentina; o Edificio Estrugamou, com sua cópia da Vitória de Samotrácia; e o bonito Palacio San Martín. Av. del Libertador (Retiro).

Fonte: Guia Quatro Rodas Buenos Aires 2011
Foto:   Secretaria de Turismo da Argentina/divulgação

Fonte: http://viajeaqui.abril.com.br/

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Para o ‘NYT’, Santiago é o lugar para se ir em 2011. Saiba por quê

 

Materia do Caderno Boa Viagem do Jornal O Globo de 03 de fevereiro de 2011.

Download: http://cid-7e4c2c772af72752.office.live.com/self.aspx/publico/artigos/chile2011.pdf
Tamanho: 1,3 MB


                                 Santiago do Chile

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Projeto Argentina 2010

(atualizado – 12Fev11)

( Ush – 27Jul/08Ago )

Muito atrasado hoje vou postar  pouco de como foi o PROJETO ARGENTINA 2010, pois o PROJETO 2011 já está bem adiantado ( em breve posto o planejamento )

Dessa vez a viagem foi mais “encorpada” de amigos, mas com menos paradas.

Dessa vez fui com amigos de lonnnga data coisa pouca tipo jardim de infância ( longa e boa amizade ) e como tivemos algumas rotas e datas diferentes irei fazer um resumo com dicas e sugestões como sempre para não me alongar.

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Travassos, Mário, Alexei e Herdy
Lago Fagnano – Ushuaia – 03 Agosto 10

Travassos saiu mais cedo com a esposa para conhecer a fantástica El Calafate e o resto do bando saiu dia 27 de Julho do Rio e de Poa com destino a Ushuaia.

Com uma passada rápida em Buenos Aires já no inicio da manhã já estávamos indo para Ushuaia.

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Herdy, Mário e Alexei 
Aeroparque – Buenos Aires – 27/28 Julho 10

Passagem: A compra da passagem valeu mais uma vez a compra pela Aerolineas DIRETO no escritório (pode ser feita pela internet ) como detalhei em 2008 no projeto. Sempre é possível um desconto e bom parcelamento no pagamento.

Hospedagem: Dessa vez ficamos ( Eu, Herdy e Alexei ) no ótimo hotel Austral MUITO bem localizado e com um bom preço sem duvida para mim um hotel daqueles que a pessoal volta com certeza e recomenda a única coisa ruim é que as paredes são finas o que impossibilita papos de amigos na madrugada a dentro sem ouvir uma reclamação no dia seguinte. :)
Travassos e Jandirão ficaram no Excelente Hotel Alto Andino ! Excelente quarto, muito bem equipado, ótimo café da manhã e uma vista então de tirar o fôlego !Fica bem próximo do H. Austral e ambos a 2 Quarteirões do "Shopping Ushuaia" e da rua principal da cidade ( San Martin ).

As atividades em Ushuaia não faltam: O trem do fim do mundo, o passeio para ver os leões marinho ( e pinguins dependendo da época do ano ), andar com raquetes de neves, em trenós puxados por cachorros, visitar os museus, esquiar (cuidado isso pode viciar), e passeios a remo, escalada no gelo, o passeio do neve e fogo e muito muito mais coisa tem para fazer nessa linda cidade. ( Aqui você encontra os passeios e preços ).
Todos os passeios quando você compra o transfer passa no hotel e pega  e deixa os turistas. Para o Cerro Castor o preço era de $40 !!!

Um pouco do que fizemos lá :

O vídeo tem que ser assistido no site do Youtube por questão de direitos autorais !
 
O video tem que ser assistido no site do Youtube por questão de direitos autorais !

Alimentação: Se você gosta de chocolates quentes, ótimas carnes, pratos fartos, frutos do mar etc .... apenas digo se prepare pra ganhar uns quilinhos  pois o que não falta é boa comida lá !

 

alexei (95)

alexei (96)

Herdy, Mário e Alexei
Jantando Hamburguesas.

Hamburguesa com rodelas
de cebola e batatas fritas
Restaurante na Rua San Martin

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Hummm

Herdy, Alexei e Mário
No chocolate quente

Compras: Material para neve ( botas, calças, etc.... ) lá é muito mais barato além do imperdível FreeShop onde os PERFUMES e BEBIDAS são muito bons comparados com qualquer outro lugar no Brasil e na Argentina.
Vale uma ida  no OUTLET da POPPER lá apesar de limitado em tamanho e opções tem ótimos preços.

Dicas na cidade: Aluguel de Roupa de Ski etc ... bem próximo no Shopping Ushuaia tem uma loja que aluga o material com preços bem mais em conta ( na ladeira )  e “subindo” a Rua San Martin encontra-se uma outra ótima loja de aluguel na terceira rua transversal ( na ladeira ).

Perfumes e Bebidas preços Imbatíveis no FREESHOP.

Ficar próximo do centro é uma boa pedida para aproveitar os restaurantes e passeios a pé que acabam se tornando uma grande diversão a noite.

Não esqueça de levar o passaporte para carimbar no Centro do Turista ( na rua principal ) o carimbo do Fim do Mundo ! Se não tem o passaporte vai lá e pegue um simpático certificado !

DIVERSOS :

Cambio: Sem duvida o melhor lugar é fazer no banco La Nacion ( cotação )  que fica no EZEIZA. Depois de pegar a sua bagagem é só sair do local que logo do lado direito tem um banco do La Nacion 24/7 sem duvida a melhor opção.

Cartão de crédito é aceito em praticamente todos os lugares sem nenhum problema !

Ezeiza – Aeroparque: Para ir de um para o outro mais barato em micro ônibus sem duvida a melhor pedida é http://www.tiendaleon.com.ar . $50 e 40 Minutos.

Como os relatos das dicas irei atualizar aos poucos as informações. Em resumo a viagem bem…. foi como a primeira daquelas que a pessoa entra no avião na volta já contando os dias para quando retorna. Sem dúvida muito melhor quando viajando com amigos.

Esse relato está faltando algumas informações que em breve irei postar. Qualquer duvida só mandar um e-mail.

…. dia 8 de agosto chegou ao fim minha viagem …….. mas o inverno de 2011 já está chegando !!

Guia de Buenos Aires Grátis para iPhone

 

A Viagem e Turismo lançou seu primeiro aplicativo para iPhone: O Melhor de Buenos Aires.

O aplicativo contém todo o conteúdo da última edição do guia O Melhor de Buenos Aires. Ali você encontra valiosas dicas sobre Gastronomia, História e Cultura, Essencial, Imperdíveis e 48 horas.

São dezenas de indicações de hotéis, restaurantes, baladas, lojas…
E sabe o que é melhor? O programa é inteiramente grátis. Simples e fácil assim.

O guia está disponível na Apple Store.

Fonte: http://www.blogdeviagens.com.br/2011/02/10/guia-de-buenos-aires-gratis-para-iphone/

domingo, 30 de janeiro de 2011

Dica de telefonia em viagem

Fonte: Revista Veja 26jan11

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 Download PDF (materia completa)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um dia épico de neve fofa

 

Imenso lago salgado e Montanhas Rochosas, que barram ventos do Pacífico, ajudam a formar o que seria a melhor neve do mundo. Por essa e outras razões, Park City, nos EUA, é um dos lugares preferidos dos brasileiros

Deborah Giannini

Com o mapa dos Estados Unidos estampado na gravata colorida, o piloto da American Airlines, de cabelos completamente brancos e mais de 30 anos de voo, aparece no corredor do avião. Pega o microfone, normalmente utilizado pelas aeromoças, e anuncia: "Neste avião, temos o prazer de levar a bordo um passageiro que comemora um milhão de milhas. E também 20 anos de casamento. Ele e sua esposa viajam conosco. Parabéns!".

O clima amigável criado por Mike a 20 mil pés e 30 minutos da aterrissagem, quando os cumes cobertos de neve começavam a despontar na janela, era um prenúncio da atmosfera que prevaleceria no destino da viagem. Park City, a 35 minutos de carro do aeroporto internacional de Salt Lake City, é uma pequena cidade do oeste americano, cercada pelas Montanhas Rochosas (nome da cordilheira), considerada a mais liberal do ultraconservador Estado de Utah (onde George W. Bush conseguiu sua maior vitória na reeleição em 2005). Nesta época do ano, atrai turistas do mundo inteiro, principalmente brasileiros, segundo maior público, de acordo com estatísticas do governo (o primeiro seria o inglês). A razão, além do calor humano de seus anfitriões, seria uma combinação de fatores, começando pela qualidade da neve. A presença de paredões rochosos com 3 mil m de altitude, que barram as correntes frias do Pacífico, e de um imenso lago salgado, que absorve a umidade do ar, resulta em uma neve extremamente fofa, ou powder, como os esquiadores costumam falar. Tão seca e fina que chega a desmanchar como pó no ar. Perfeita, tanto para andar quanto para cair de esqui.


As estações de esqui na cidade de Park City foram construídas ao longo das Montanhas Rochosas em um trecho batizado pelos índios de Wasatch, que significa "passagem da montanha". O esqui começou a ser praticado sobre as Wasatch na década de 1960, quando aficionados pelo esporte se aproveitaram das instalações - os chamados shaft elevators - deixadas por antigos mineiros para chegar ao topo das montanhas. Park City floresceu no final do século XIX como um importante polo de extração da prata. Chegou a ter 10 mil habitantes (hoje tem 8 mil). Mas, com o fim da exploração do metal, o lugar entrou em decadência e chegou a ser registrado pelo governo do Estado como "cidade fantasma", na década de 1950, até os esquiadores chegarem. Em 1963, inauguraram a primeira estação de esqui: Treasure Mountain (Montanha do Tesouro), que mais tarde passaria a se chamar Park City.


As residências - todas de madeira - que haviam sido erguidas pelos mineiros nos anos 1860 foram restauradas e pintadas de diferentes cores (do azul bebê ao bordô), ganhando aspecto de casas de boneca. Hoje, essa região de Park City é chamada de Old Town. Para dar mais charme à cidade, um ônibus disfarçado de bonde (com a mesma "cara" dos trolleys de São Francisco) circula pelos arredores da Main Street, a rua principal onde estão os restaurantes mais badalados, galerias de arte e o teatro que abriga o Sundance, o mais importante festival de cinema independente do mundo, do ator e diretor Robert Redford - que também é dono de uma estação de esqui e restaurante de mesmo nome. Neste ano, o evento deve acontecer entre 20 e 30 de janeiro.


Incomum para regiões de estação de esqui, Park City dispõe de muitas opções de entretenimento - o que seria mais um item de sedução para os turistas brasileiros. Além de casas noturnas - como a Downstairs, que entre seu casting de DJs está a compositora britânica Samantha Ronson, namorada da polêmica atriz Lindsay Lohan -, e o bar No Name, típica atmosfera americana do Velho Oeste "revisitada", há galerias, museus e livrarias. No melhor estilo das bookstores nova-iorquinas, a Dolly chama a atenção pelo ambiente aconchegante e pela variedade de títulos, que vão de literatura regional e mundial a livros de arte e turismo (há uma área reservada só para eles). Outros pontos de atração dessa livraria são os eventos com autores e os chocolates oferecidos na recepção, "exportados" da loja ao lado, do mesmo dono, a Rocky Mountain, conhecida fábrica de chocolate da região.


Outra tentação para brasileiros em férias - que são conhecidos em Park City pelo gosto que possuem pelas compras - é o Tanger Outlet, um centro comercial com ponta de estoque de 60 grandes marcas, entre elas Nike, Gap, Ralph Lauren e Calvin Klein. As ofertas costumam ser generosas, como tênis da Nike por 40 dólares e camisetas da Gap por 0,97 centavos. Para quem prefere gastar os dólares com eletrônicos, o endereço é outro: Redstone. O centro comercial comporta a loja Best By, a preferida dos amantes de tecnologia.


Buraco da glória

Embora as distrações sejam muitas, a maior concorrente dos prazeres do consumo, da gula e da embriaguez é a neve. Tida como a melhor do mundo para a prática de esportes de inverno pela revista norte-americana Ski Magazine, ela pode ser desfrutada em três estações, cada uma com sua peculiaridade.


Park City, a estação que leva o nome da cidade, é a mais democrática e tem fama de familiar. Aceita esquiadores e snowboarders e conta com uma grande quantidade de pistas azuis, nomenclatura utilizada para indicar grau intermediário de dificuldade. As pistas com sinalização azul apresentam inclinação moderada e apenas alguns trechos mais íngremes. Para quem quer um pouco mais de emoção, há as "duplas azuis". As pistas nos Estados Unidos são classificadas como verde (iniciante), azul (intermediário) e preta (avançado). Há também as duplas pretas. Já na Europa e na América Latina, existe ainda a vermelha, com grau de dificuldade entre a azul e a preta.


O interessante nessa estação é que há restaurantes entre as pistas que ficam na intersecção entre uma azul e uma preta, por exemplo, permitindo, portanto que pessoas de níveis diferentes se encontrem para um chocolate quente ou uma cerveja. Detalhe: desde julho de 2009, o antigo sistema de clube privativo e requisitos especiais para o consumo de bebidas alcoólicas no Estado de Utah, fundado por mórmons, foram eliminados. Hoje, o consumo é permitido a todas as pessoas maiores de 21 anos.


Os nomes das pistas costumam ser curiosos: Payday (dia de pagamento) trata-se de uma pista azul; já Glory Hole (buraco da glória) é uma preta.
Diferentemente da estação Park City, Deer Valley é exclusiva para esquiadores. Snowboarders não entram. "A razão dessa exclusividade é manter a atmosfera do esqui", diz Marilyn Smith Stinson, gerente internacional de turismo e viagem do resort. Ela conta que um dos argumentos que sustentam essa exclusividade está relacionado ao barulho das pranchas de snowboard. "O contato da prancha com a neve faz um ruído muito alto comparado com os esquis", afirma. O silêncio é uma das principais características das estações, em geral. Com ou sem a presença de snowboarders.


A rixa entre as duas "tribos" (se é que podem ser chamadas assim) existe desde o surgimento do snowboard, no final dos anos 1960 nos Estados Unidos - na época, o esporte era chamado de snurfing, contração das palavras snow e surfing (algo como "surfe na neve"). Devido ao maior contato com o solo, o snowboard requer roupas mais resistentes, portanto mais largas e rústicas. Já o esqui, com menos contato, permite um vestuário mais elegante. Mas a distinção entre os dois esportes não se limita às vestimentas; é uma questão quase filosófica. O esqui, por sua sólida história - foi reconhecido como esporte no final do século XIX, embora haja indícios de que seja praticado há mais de quatro mil anos -, teria um perfil mais aristocrático e conservador. Já o jovem snowboard, com origem em esportes tidos como marginais nos anos 1970, como o surfe e o skate, seria mais informal e liberal.
Embora ou talvez por causa dessa exclusividade - não se sabe ao certo -, Deer Valley foi eleita pelo segundo ano consecutivo a melhor estação do mundo pela Ski Magazine. O motivo de tanto prestígio seria o conjunto da obra: lifts (teleféricos) que levam do hotel ao topo da montanha, inclusive a pistas para iniciantes, pratos de alta gastronomia elaborados por chefs de renome internacional em restaurantes do próprio resort e equipe de funcionários (de instrutores de esqui a recepcionistas) que conseguem resolver todos os problemas (em suas respectivas áreas), de acordo com a revista. Além disso, o resort conta com hotéis e condomínios de luxo "pé na neve". O que significa ter lifts à porta de casa e vista para a imensidão branca.


Já no The Canyons, terceira estação de esqui da cidade, há lifts que levam o esquiador - ou o snowboarder, aqui bem-vindo - diretamente do estacionamento ao topo da montanha. Mas a grande novidade, inaugurada nesta temporada, é a orange-bubbled lift, cadeirinhas cobertas - ou seja, com proteção contra vento e neve - com assento aquecido, primeiras da América do Norte. O orange refere-se à sua cor, laranja, que pode ser vista de longe, muito longe.

Ligado a essa estação está o Waldorf Astoria, o mítico hotel norte-americano que abriu neste inverno sua filial em Park City (apesar de a estação ainda estar fechada nas primeiras semanas da temporada, o hotel já contava com um grande número de hóspedes. O Waldorf Astoria - que em sua matriz em Nova York é conhecido por receber astros de Hollywood e líderes mundiais - pode ser um "programa de domingo" para turistas na cidade. O restaurante Spruce, do hotel, oferece um sofisticado brunch (35 dólares por pessoa) e dispõe de um SPA com diversos tipos de massagens, muito procurado no day after - dia seguinte ao esqui, quando o corpo todo dói.


Onda verde

A comunicação entre as três diferentes estações de esqui de Park City é feita por meio de um ônibus gratuito e ecologicamente correto - movido a biodiesel. A mentalidade "verde" predomina no local. Os lifts são movidos a energia limpa (eólica) e as máquinas de neve - segundo Deborah Lewis, diretora dos serviços para o turista de Park City, equipamentos que contribuem para colocar "mais cobertura no bolo" - utilizam água reaproveitada.


O centro olímpico - os Jogos de Inverno foram realizados em 2002 na cidade - fica um pouco afastado da Old Town, a cerca de 20 minutos da Main Street, pois as instalações foram construídas em terrenos cedidos pelo governo. A Olimpíada de Inverno deixou um belo legado: o museu do esqui, totalmente interativo, onde é possível entender as modalidades por meio de máquinas de pinball e sentir a adrenalina de descer pirambeiras em vídeo projetado em uma grande tela, e a pista de bobsled, esporte em que quatro pessoas percorrem dentro de uma espécie de trenó uma estreita pista de gelo em alta velocidade. Na temporada de férias (dezembro a março), a pista fica aberta ao público. Isso significa que por cerca de 200 dólares dá para ser uma dessas quatro pessoas - e passar por uma experiência olímpica. A diversão - 1.500 m de pista percorridos a 120 km/h - dura 60 segundos.


Muita neve, pouco frio

Para aproveitar a abundante neve de Park City, que geralmente não vem acompanhada de vento (a média da temperatura fica entre 2 ºC e 0 ºC, o que é considerada razoável para esquiar), há muitas alternativas de diversão ao ar livre, como ringue de patinação sobre lago congelado, montanha russa ao longo da montanha nevada e snowtubbing, espécie de tobogã. Mas quem já tomou gosto pelo esqui e ou pelo snowboard e não pretende sair das pistas deve reservar energia, pois algumas delas ficam abertas até as 21 horas. A atmosfera remete às noites iluminadas de surfe no Arpoador.


Pode parecer exagero, mas a maioria que se arrisca pelo esporte tende a se tornar adicto. Prova disso são alguns personagens que povoam as montanhas de Park City, como George Sees. Conhecido como Jr. ou Sundance, ele faz um trabalho voluntário como guia de montanha - aquele que leva esquiadores e snowboarders de nível avançado para conhecer as melhores pistas - desde que se aposentou. Hoje com 64 anos, Jr., que nasceu em Budapeste (Hungria) e se naturalizou americano, era piloto de avião e atuou na Guerra do Vietnã. "Eu pilotava um caça F-4 Phantom a partir de um porta-aviões. Foi uma experiência como nenhuma outra que já tive, nem antes nem depois da guerra", diz. Ele conta que escolheu fazer um trabalho voluntário em Park City porque gosta de viver nas montanhas. "Este é meu terceiro ano. Adoro esquiar aqui", afirma. Assim como Jr., "sir" Stein Eriksen também pode ser visto nas colinas de Wasatch. Atual diretor de esqui de Deer Valley, Eriksen é uma lenda do esporte, considerado o pai do esqui livre (acrobático). Aos 83 anos, o medalhista de ouro olímpico esquia por prazer. Em Park City, não é preciso muito para usar a expressão, comum entre esquiadores e snowboarders, de que "o dia foi épico". Mesmo se não houver a tão esperada neve fofa.


Deborah Giannini viajou a convite da American Airlines SkiClub

Fonte: http://www.revistabrasileiros.com.br/edicoes/42/textos/1349/

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Como uma onda no mar

comoumaonda

Passeios no mar, cachoeiras e muito mais para quem visita o Rio de Janeiro fugir do calor.
Rio Show – Caderno Jornal O Globo – 21 Jan 11
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Puerto Madero–Buenos Aires

puerto
Sem dúvida,para que conheceu o “antes e depois” fica ainda mais impressionado com esse grande ( ou talvez principal ) centro de diversão em Buenos Aires. Visita obrigatória para quem vai para a capital argentina.

Jornal O Globo – Caderno Boa Viagem – 13 Janeiro 2011
Materia Janaína Figueiredo

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